sexta-feira, 25 de abril de 2014

Perdiz





Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Galliformes

Família: Phasianidae

Géneros

Perdix

Alectoris

Lerwa

Bambusicola

Ptilopachus

Rollulus

Haematortyx

Caloperdix

Arborophila

Xenoperdix

Melanoperdix

Perdiz é o nome comum de algumas espécies de aves galiformes pertencentes à família Phasianidae, que também inclui o faisão.


Algumas espécies de perdizes:


Perdiz-cinzenta - Perdix perdix (Europa e Ásia);

Perdiz-vermelha - Alectoris rufa (Europa Ocidental)


Pelicano

Pelecanus conspicillatus

Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Pelecaniformes

Família: Pelecanidae

Rafinesque, 1815

Género: Pelecanus

Linnaeus, 1758

Espécies






O pelicano é uma ave da ordem dos pelecaniformes, família Pelecanidae. A sua principal característica é o longo pescoço que contém uma bolsa na qual armazena o alimento. Assim como a maioria das aves aquáticas, possui os dedos unidos por membranas. Os pelicanos são encontrados em todos os continentes, excepto na Antártida.

Eles podem chegar a medir 3 metros de uma asa a outra e pesar 13 quilogramas, sendo que os machos são normalmente maiores e possuem o bico mais longo do que as fêmeas. Pratica uma dieta restrita aos peixes e também outros animais aquáticos, como estrelas-do-mar e crustáceos, que captura com o seu bico, que serve como uma "rede de pesca".

Espécies

Pelicano-vulgar, Pelecanus onocrotalus

Pelicano-rosado, Pelecanus rufescens

Pelicano-crespo, Pelecanus crispus

Pelecanus philippensis

Pelicano-australiano, Pelecanus conspicillatus

Pelicano-branco-americano, Pelecanus erythrorhynchos

Pelicano-pardo, Pelecanus occidentalis

Pelecanus thagus

Pelos fósseis encontrados, sabe-se que os pelicanos existem há mais de 40 milhões de anos. Dois géneros pré-históricos são Protopelicanus e de Miopelecanus.

São também conhecidas, através de fósseis, um grande número de espécies extintas do género Pelecanus:


Pelecanus alieus
Pelecanus cadimurka
Pelecanus cauleyi
Pelecanus gracilis
Pelecanus halieus
Pelecanus intermedius
Pelecanus odessanus
Pelecanus schreiberi
Pelecanus sivalensis
Pelecanus tirarensis


Simbologia



Na Europa medieval, considerava-se o pelicano um animal especialmente zeloso com seu filhote, ao ponto de, não havendo com que o alimentar, dar-lhe de seu próprio sangue. Seguiu-se, então, que o pelicano tornou-se um símbolo da Paixão de Cristo e da Eucaristia. Ele compunha os bestiários como símbolo de auto-imolação além de ter sido utilizado na Heráldica (um pelicano em piedade). Esta lenda, talvez, surgiu porque o pelicano costumava sofrer de uma doença que deixava uma marca vermelha em seu peito. Em outra versão, explica-se que o pelicano costumava matar seus filhotes e, depois, ressuscitá-los com seu sangue, o que seria análogo ao sacrifício de Jesus.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Pelicano

Peixe-boi


Manatee photo.jpg


Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Infraclasse: Placentalia

Ordem: Sirenia

Família: Trichechidae

Género: Trichechus

Linnaeus, 1758

Distribuição geográfica

Distribuição do Trichechus:verde: T. manatusvermelho: T. inunguislaranja: T. senegalenis

Distribuição do Trichechus:

verde: T. manatus

vermelho: T. inunguis

laranja: T. senegalenis

Espécies

Trichechus inunguis

Trichechus manatus

Trichechus senegalensis

Sinónimos

Halipaedisca Gistel, 1848

Manatus Brünnich, 1772

Oxystomus G. Fischer, 1803

Trichecus Oken, 1816

Os peixes-bois, vacas-marinhas ou manatins constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios, como os dugongos, mas da família dos triquequídeos (Trichechidae). Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao das morsas. O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) pode medir até quatro metros e pesar 800 quilos,1 enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é menor e atinge 2,5 metros e pode pesar até 300 quilos.




Habitam geralmente em águas costeiras e estuarinas quentes e rasas e pântanos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia habita apenas em águas doces das bacias dos rios Amazonas e Orinoco. A Flórida é a localização mais ao norte onde vivem, pois a sua baixa taxa metabólica torna-se difícil no frio e não sobrevivem abaixo dos 15 °C.


Existem três espécies de peixe-boi:

Peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis), vive no Atlântico, habita as águas doces e costeiras do oeste da África.

Peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), também conhecidos como manatis, tem ampla distribuição nas Américas, indo desde o México, os Estados Unidos, vivendo nas ilhas da América Central, na Colômbia, Venezuela, nas Guianas, no Suriname e no Brasil.

Peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis), são animais fluviais e vivem nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.

Uma quarta espécie, o peixe-boi-anão (T. bernhardi) foi encontrada no Brasil2 embora alguns puseram em dúvida a sua validade supondo que seja um peixe-boi amazônico imaturo.

No Brasil, o peixe-boi-marinho habitava do Espírito Santo ao Amapá, porém devido à caça, desapareceu da costa do Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Os peixes-bois vivem tanto em água salgada quanto em água doce. O peixe-boi amazônico só existe na bacia do rio Amazonas no Brasil e Peru, e no rio Orinoco na Venezuela, e vive apenas em água doce.

Todas as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis ambientais em diversas partes do mundo. No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei desde 19674 e a caça e a comercialização de produtos derivados do peixe-boi é crime que pode levar o infrator a até dois anos de prisão. São animais de hábitos solitários, raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.


Alimentam-se de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações aquáticas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia e podem passar até oito horas por dia se alimentando.1 Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas mães e ainda se alimentam de leite. São muito parecidos com os dugongos e a principal diferença entre o peixe-boi e o dugongo é a cauda. São animais muito mansos e, por este motivo, são facilmente caçados e se encontram em risco de extinção.

Características


O peixe-boi tem uma média de 500 a 550 quilogramas de massa e comprimento médio de 2,8 a 3 metros, com máximas avistadas de 3,6 metros e 1 775 quilogramas (as fêmeas tendem a ser maiores e mais pesadas). Ao nascer, um filhote de peixe-boi tem uma massa média de trinta quilogramas.




O corpo é robusto e maciço, com cauda achatada, larga e disposta de forma horizontal. O peixe-boi-marinho tem a pele rugosa, com a cor variando entre cinza e marrom-acinzentado. A cabeça fica bem junto ao corpo. Pode-se quase afirmar que não tem pescoço, apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direções. Tem olhos bem pequenos, mas enxerga bem, sendo capaz até mesmo de reconhecer cores. O nariz está bem em cima do focinho, com duas grandes aberturas. Não tem orelhas: os ouvidos são dois pequenos orifícios um pouco atrás dos olhos. Além de escutar os ruídos ao seu redor, o peixe-boi também pode se comunicar através de pequenos gritos chamados vocalizações. Esta comunicação é muito importante entre a mãe e o filhote. A mãe é capaz de reconhecer o seu filhote entre muitos outros apenas pela vocalização.

A boca é grande: os lábios de cima são amplos e se movimentam na hora de pegar o alimento. A dentição desses animais é reduzida a molares, que se regeneram constantemente, em virtude de sua dieta vegetariana quando adultos. Estas folhagens contêm sílica, elemento que desgasta rapidamente os dentes mas os manatis são adaptados, seus molares deslocam-se para a frente cerca de 1 mm por mês e se desprendem quando estão completamente desgastados, sendo substituídos por dentes novos situados na parte posterior da mandíbula.

No focinho, o peixe-boi tem muitos pelos, chamados vibrissas ou pêlos táteis, muito sensíveis ao movimento ou ao toque. Por ser um animal aquático, no lugar das patas dianteiras o peixe-boi tem duas nadadeiras, com unhas arredondadas nas pontas. Em vez das patas traseiras, possui uma grande nadadeira caudal.

Para nadar, o peixe-boi impulsiona sua nadadeira caudal, usando as duas nadadeiras peitorais para controlar os movimentos. Apesar de bastante pesado, consegue ser bem ágil dentro d'água, fazendo muitas manobras e ficando em várias posições. Em média, os peixes-bois nadam com uma velocidade de cinco quilômetros por hora até oito quilômetros por hora (1,4 metros por segundo a 2,2 metros por segundo). No entanto, têm sido vistos nadando a uma velocidade de até trinta quilômetros por hora (oito metros por segundo) em rajadas curtas. Metade do dia de um peixe-boi é gasto dormindo na água, subindo para tomar ar regularmente em intervalos não superiores a vinte minutos. Por ser um mamífero, o peixe-boi precisa ir à superfície para respirar. Como os outros mamíferos, ele respira pelos pulmões. Nos seus mergulhos normais, fica apenas de um a cinco minutos debaixo d'água. Já em repouso, pode permanecer até 25 minutos submerso sem respirar.

O peixe-boi-da-flórida (T. m. latirostris) pode viver até aos sessenta anos e pode movimentar-se livremente entre salinidade extrema. No entanto, o peixe-boi-da-amazônia (T. inunguis) nunca se aventura em água salgada. Têm uma grande flexibilidade preênsil no lábio superior que atua em muitos aspectos como uma tromba curta, algo semelhante a um elefante. Utilizam o lábio para reunir comida, bem como para comunicações e interações sociais. Os seus pequenos, e bem espaçados olhos têm pálpebras que fecham em uma forma circular. Acredita-se que os peixes-boi têm a habilidade de ver em cores.

Emitem uma ampla gama de sons na comunicação, especialmente entre as fêmeas e os machos durante o contato sexual, mas também entre os adultos durante jogos e comportamentos habituais. Podem usar sabor e odor, além da visão, som e tato, para se comunicar. São capazes de aprender diferentes tarefas e mostram sinais de aprendizagem complexas ou longa memória, tal como golfinhos e Pinípedes, segundo estudos visuais e acústicos.

Reprodução

Possuem taxa reprodutiva muito baixa pois a fêmea, chamada peixe-mulher, segundo o Dicionário Aurélio, tem geralmente um filhote, mas há casos de nascimentos de gêmeos, até mesmo em cativeiro, como já aconteceu na Sede Nacional do Projeto Peixe-Boi, em Itamaracá, Pernambuco.

Os peixes-bois não têm nenhuma diferença sexual externa fácil de ser notada. Na fêmea, a abertura genital (a vagina) fica mais próxima do ânus, enquanto no macho (no caso, o pênis) fica mais próxima do umbigo. O pênis só sai da abertura genital no momento do acasalamento. No resto do tempo, está sempre "guardado". O acasalamento se dá com o macho por baixo e a fêmea por cima, num tipo de "abraço". É aí que o macho externa seu pênis e faz a penetração na fêmea.




Vários machos podem copular com uma mesma fêmea, o cio dura um longo período, mas apenas um deles irá fecundá-la. A reprodução da espécie é lenta, pois o período de gestação das fêmeas é longo: treze meses. Depois, a mãe amamenta o filhote durante um período entre um e dois anos. Por causa disso, a fêmea tem apenas um filhote a cada quatro anos, pois ela só volta a entrar no cio outra vez um ano depois de desmamar e tirando a época em que as mães estão com os seus jovens do sexo masculino ou feminino, os peixes-boi geralmente são criaturas solitárias.

Nos primeiros dias de vida, o filhote alimenta-se exclusivamente do leite da mãe. O leite materno é importante para o desenvolvimento do filhote: é um alimento completo que o ajuda no crescimento e funciona como uma vacina, protegendo-o nos primeiros tempos de vida. Durante o período de amamentação é possível notar as mamas na fêmea. Elas ficam uma de cada lado, bem abaixo da nadadeira peitoral. Mas é já a partir dos primeiros meses de vida que o peixe-boi começa a ingerir vegetais, seguindo o comportamento da mãe. O filhote, aliás, recebe todos os cuidados da mãe. Muito zelosa, é ela quem o ensina a nadar, a subir até a superfície para respirar e também a alimentar-se de plantas.

Vulnerabilidade

Embora os peixes-boi possuam poucos predadores naturais (tubarões, crocodilos, orcas e jacarés), todas as três espécies de peixe-boi estão listadas pela World Conservation Union como vulnerável à extinção. A principal ameaça corrente para os peixes-boi nos Estados Unidos está sendo as colisões com barcos ou com hélices. Às vezes o peixe-boi pode sobreviver a estas colisões, e mais de cinquenta cicatrizes profundas permanentes têm sido observadas em alguns peixes-boi ao largo da costa da Flórida. No entanto, as feridas são muitas vezes fatais, e os pulmões podem até sair através da cavidade torácica. É ilegal no âmbito federal e na lei da Flórida de provocar danos aos peixes-boi.

O assoreamento dos estuários onde as fêmeas dão à luz os filhotes é outro motivo para ameaça de extinção desta espécie.
O Centro Mundial de Monitoramento da Conservação, órgão do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), registra em seu banco de dados as seguintes espécies e subespécies como objeto de preocupação:

Trichechus senegalensis,10 África

Trichechus inunguis,11 América do Sul

Trichechus manatus,12 Caribe, América do Norte e América do Sul

Trichechus manatus manatus,13 Antilhas

Trichechus manatus latirostris,14 Flórida




População




A população de peixes-bois na Flórida (T. manatus) provavelmente está entre 1000 e 3000, embora as estimativas sejam difíceis. O número de mortes de peixes-bois causadas por seres humanos neste estado, aumentou com o passar dos anos, correspondendo a 20%-40% das mortes registradas de peixe-boi.15 Foram registrados perto de 300 peixes-bois mortos por atividade humana na Flórida em 2006, a maioria destes causados por barcos.

Estimativas da população de peixe-boi da Flórida mostram uma grande variação de ano para ano, com algumas áreas com possíveis aumentos e outras com queda de população, com muito pouca evidência de fortes aumentos exceto em duas áreas. No entanto, estudos realizados em 1997 indicaram que diminuiu sua sobrevivência adulta e a eventual extinção de peixes-boi da Flórida é uma possibilidade.16 Os censos de peixe-boi são altamente variáveis,:17 na Flórida em 1996, um inquérito no inverno calculou 2639 peixes-boi; em janeiro de 1997, foram registrados 2229 e em fevereiro apenas 1706.9 Restos fósseis dos antepassados de peixe-boi mostram que eles têm habitado a Flórida por cerca de 45 milhões de anos.

O peixe-boi-da-amazônia (T. inunguis) é uma espécie de peixe-boi que vive nos habitats de água doce do rio Amazonas e seus afluentes. Sua cor é cinzenta acastanhada e eles têm uma pele enrugada e grossa, muitas vezes com pêlos grossos, ou "bigodes". Seu principal predador é também o homem. O governo brasileiro proibiu a caça do peixe-boi desde 1973, em um esforço para preservar a espécie. Mortes por barcos, no entanto, ainda são comuns.

O peixe-boi-africano (T. senegalensis) é o menos estudado das três espécies de peixe-boi. Fotos do peixe-boi-africano são muito raras, embora muito pouco se sabe sobre esta espécie, os cientistas acham que são semelhantes ao peixe-boi das Caraíbas. Eles são encontrados em habitats costeiros marinhos e estuarinos, e em água doce sistemas fluviais ao longo da costa oeste da África a partir do rio Senegal até ao rio Kwanza, em Angola, incluindo as áreas em Gâmbia, Libéria, a Guiné-Bissau, Guiné, Serra Leoa, Costa do Marfim, Gana, Mali, Nigéria, Camarões, Gabão, República do Congo, e da República Democrática do Congo. Embora ocasionalmente caçados por tubarões e crocodilos na África, as suas ameaças significativas são apenas o ser humano, devido à caça furtiva, perda habitat, e outros impactos ambientais. Eles chegam a habitar até Gao, no Mali, pelo rio Níger. Embora raros, eles ocasionalmente ficam encalhados quando o rio seca até ao final do período chuvoso. O nome em Sonrai, o idioma local, é "ayyu".




Peixe-boi no Brasil




Há registros do peixe-boi desde o descobrimento pelos portugueses no século XVI. No Brasil há duas espécies de peixe-boi: o Trichechus manatus manatus, peixe-boi marinho que se encontra criticamente ameaçado de extinção, e o Trichechus inunguis que vive nos rios amazônicos, considerado como vulnerável à extinção. Calcula-se que existam cerca de 500 peixes-boi marinhos na costa brasileira, não existem estudos ou pesquisas que revelem estimativas populacionais para o número de indivíduos de peixes-bois da Amazônia.

Projeto Peixe-boi

Com a possibilidade de extinção dessas espécies o governo brasileiro proibiu sua caça e criou em 1980 o Projeto Peixe-Boi 18 desenvolvido pelo CMA (Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos) com sede na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. O projeto dedica-se à pesquisa, resgate, recuperação e devolução à natureza do peixe-boi, bem como a informação e parceria com comunidades riberinhas e costeiras. O projeto está aberto a visitação, onde podem ser vistos inúmeros peixes-boi, inclusive a Chica, um peixe-boi fêmea que viveu durante anos num aquário público em uma praça do Recife, e o Poque, um raro caso de híbrido entre o peixe-boi marinho e o amazônico.

Os estudos sobre a biologia e conservação do peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) iniciaram-se em 1974 no Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), situado na cidade de Manaus, Amazonas. Atualmente o LMA já reabilitou com sucesso mais de 60 filhotes de peixes-boi, cujas mães foram vítimas da caça ilegal que ainda ocorre na região. Aqui nasceu o primeiro filhote de Peixe-Boi da Amazônia em cativeiro, chamado Erê, em 1998. Os tanques dos peixe-boi estão localizados no Parque Aquático Robin Best e são abertos a visitação como parte do Bosque da Ciência do INPA.

No ano de 2000, pesquisadores do INPA e do CPPMA - Centro de Preservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos, criaram a AMPA - Associação Amigos do Peixe-boi, uma organização não governamental que atua em convênio com o INPA e é patrocinada pelo Programa Petrobras Ambiental.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pega-rabuda

Pega-rabuda

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Corvidae
Género: Pica
Espécie: P. pica
Nome binomial
Pica pica
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Subespécies     hudsonia        melanotos       galliae       germanica       pica       fennorum       asirensis        bactriana       hemileucoptera       leucoptera       jankowskii       sericea       battnensis       kamschatisa
Subespécies
     hudsonia
      melanotos
     galliae
     germanica
     pica
     fennorum
     asirensis
      bactriana
     hemileucoptera
     leucoptera
     jankowskii
     sericea
     battnensis
     kamschatisa
Sub-espécies
Ver texto.
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A pega-rabuda ou pega-rabilonga (Pica pica) é uma ave da família Corvidae (corvos), com um aspecto inconfundível.


Características

Comprimento: 44 a 48 cm
Envergadura:
Peso: 200 a 250 g
Longevidade: 15 anos

Distribuição

A pega-rabuda é comum em toda a Europa, Ásia, Norte de África e América do Norte. Distribui-se pelo Hemisfério Norte, entre os 70º N na Europa e 15º N na Arábia Saudita. Na América do Norte está confinada à parte ocidental. Na Península Ibérica, encontramos a subespécie Pica pica melanotos que em Portugal é comum no norte e centro do país, estando no Alentejo mais confinada ao interior.

Habitat

São aves generalistas, podendo ser encontradas numa grande variedade de habitats. Vivem principalmente em zonas agrícolas de características diversas, como terrenos de cultura com arbustos e árvores ou pequenas matas nos campos, mas ocorrem mesmo em zonas suburbanas com parques ou jardins.

Reprodução

O período de nidificação vai de Abril a Junho, a fêmea incuba normalmente 5-6 ovos durante 17 a 18 dias. As crias são depois alimentadas pelo macho e pela fêmea, duas a três vezes por hora. As primeiras penas nas crias aparecem ao oitavo dia de vida e com 14 dias já têm cauda. A permanência no ninho é de 22 a 27 dias.

Na época de reprodução esta espécie tem comportamento territorial, tornando-se as aves bastante misteriosas e silenciosas. As pegas do norte da Europa defendem territórios maiores, enquanto que no sul da Europa os ninhos podem estar agregados e defendem somente uma pequena área em redor do ninho. O casal de pegas-rabudas vive em acasalamento permanente, mantendo-se na sua zona de nidificação se o Inverno não for muito rigoroso. Os ninhos que os casais de pegas-rabudas fazem ou renovam, nas árvores (em segunda opção constroem o ninho também em arbustos e no chão), todos os anos durante cerca de 40 dias, são muito distintos e resistentes.

Alimentação

Da Primavera até ao Outono, alimentam-se principalmente de insectos, que nunca chegam a faltar completamente mesmo no Inverno. Também exploram carcaças de animais mortos, caçam pequenos vertebrados, especialmente ratos-do-campo e atacam ninhos até ao tamanho das posturas dos faisões. Comem também grãos de cereais e outros alimentos vegetais. Alimentam-se essencialmente no chão ou saltitando entre ramos e arbustos. O hábito de armazenar comida excedente ter-lhe-á permitido adaptar-se e expandir-se a habitats aparentemente inóspitos. Apesar de se alimentar nos vários habitats que ocupa, parece preferir as zonas de pastoreio e zonas próximas de superfícies de água onde os invertebrados do solo são mais abundantes. No Inverno vasculham nas lixeiras quaisquer coisas que possam ser aproveitadas.

A sua reputação de ladra é pouco justificada, uma vez que ocorrências autênticas de cleptomania são extremamente raras, tendo sido no entanto reportados alguns casos de ninhos com objectos brilhantes, não necessariamente de prata, mas que nada têm a ver com alimento.

Os seus hábitos alimentares (come quase tudo) deram origem a que o nome da espécie – Pica – fosse dado a uma doença de comportamento humano.

Subespécies

P. pica mauritanica
P. pica melanotos
P. pica pica
P. pica galliae
P. pica fennorum
P. pica bactriana
P. pica asirensis
P. pica hemileucoptera
P. pica bottanensis
P. pica sericea
P. pica leucoptera
P. pica camtschatica


http://pt.wikipedia.org/wiki/Pega-rabuda

Pavão


Lightmatter peacock.jpg

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Phasianidae
Género: Pavo e Afropavo
Espécies
Pavo cristatus
Pavo cristatus albino
Pavo muticus
Afropavo congolensis


Pavo cristatus albino, variedade branca
Chama-se pavão a aves dos géneros Pavo e Afropavo da família dos faisões (Phasianidae). Os pavões preferem alimentar-se de insetos e outros pequenos invertebrados, mas também comem sementes, folhas e pétalas. Os pavões exibem um complicado ritual de acasalamento, do qual a cauda extravagante do macho teria um papel principal. As características da cauda colorida, que chega a ter dois metros de comprimento e pode ser aberta como um leque, não têm qualquer utilidade quotidiana para o animal e seriam um exemplo de seleção sexual. Quando o processo é bem sucedido, a pavoa põe entre 4 a 7 ovos, que chocam ao fim de 28 dias.

A cauda dos pavões gerou o interesse de várias culturas, pela sua exuberância de cores e beleza das penas, e justificou a sua criação em cativeiro. Já foram criadas diversas variedades por seleção artificial que apresentam plumagem branca, negra, púrpura, entre outras cores.

No topo de cada fileira de penas do pavão você verá um ocelo redondo e brilhante, ou um pequeno olho. Ocelo deriva do latim "oculus", que significa "olho". Esses pontos iridescentes são o que dão a dimensão exótica às plumas.

Em um estudo realizado no Japão, foi contestada a crença por trás da ornamentação das plumas do pavão, se concluindo que quanto mais o macho se agitar diante de uma fêmea, mais chance ele teria de conquistá-la. Por conta dessa interação, os pesquisadores dizem que talvez sejam seus movimentos e gritos de acasalamento - e não os famosos ocelos - que mais atraiam as fêmeas. Durante um estudo de sete anos dos rituais de acasalamento dos pavões, os pesquisadores descobriram que mesmo os machos com um leque pouco atraente e com menos ocelos chamaram a mesma atenção que os outros.

Dimorfismo sexual

Macho (pavão): pescoço azul, com longas penas na cauda (o pavão bombom é a ave com a maior cauda do mundo, e o Pavão Sedentario é o pavão que possui o pescoço mais longo). Fêmea (pavoa): pescoço com um tom verde, com resto das penas cinza. Portanto, o pavão é um animal que apresenta dimorfismo sexual acentuado. Incubação: 27 a 28 dias.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pav%C3%A3o

Pavão-indiano

Pavo cristatus male.jpg
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Phasianidae
Género: Pavo
Espécie: P. cristatus
Nome binomial
Pavo cristatus
Linnaeus, 1758

O pavão-indiano (Pavo cristatus), também conhecido por pavão-comum ou pavão-azul, é uma espécie pertencente ao género Pavo da família Phasianidae. Trata-se de uma ave nativa do subcontinente indiano, sendo a ave nacional da Índia.



Raro exemplar de um Pavão Indiano Albino
Pode ser encontrada em pradarias secas semi-desérticas, matagais e florestas perenifólias. Apesar de se alimentar e nidificar no solo, dormem no topo das árvores. A sua alimentação é constituída essencialmente por sementes intercalada, ocasionalmente, por alguns insectos, frutos e répteis.

Características[editar | editar código-fonte]


Pena de pavão macho
As fêmeas medem cerca de 86 cm de comprimento e pesam cerca de 3,4 kg, enquanto os machos medem em média 2,2 m quando incluída a sua plumagem de acasalamento (107 cm quando só o corpo) e pesam cerca de 5 kg.

Os machos possuem uma plumagem iridiscente azul-esverdeada. As penas superiores da sua cobertura são alongadas e ornamentadas com um padrão semelhante a um olho na parte final formando uma cauda, sendo estas as penas de demonstração utilizadas durante a corte. A plumagem das fêmeas é uma mistura de verde esbatido, cinzento e azul iridiscente, em que predominam as duas primeiras. Durante a época de acasalamento destacam-se facilmente dos machos pela ausência da longa cauda, enquanto que fora da época de acasalamento podem ser distinguidas pela cor verde do seu pescoço em oposição à cor azul dos machos.

A cauda dos pavões macho (utilizada na corte das fêmeas) é um exemplo de selecção sexual, e embora tenha o nome de cauda, esta é na realidade formada pelas penas superiores da sua cobertura. A cauda propriamente dita é castanha e curta como nas fêmeas.

A sua postura é de 4 a 8 ovos que levam 28 dias a chocar. Os ovos são castanho claros e são postos um por dia, geralmente de tarde. O macho não ajuda no cuidado dos ovos e é polígamo, podendo ter até seis fêmeas.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Pav%C3%A3o-indiano

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pato-real


Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Anas
Espécie: A. platyrhynchos
Nome binomial
Anas platyrhynchos
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Anas platyrhynchos distribution map.png
Sinónimos
Anas boschas

O pato-real (Anas platyrhynchos) é uma ave anseriforme que habita áreas temperadas e sub-tropicais da América do Norte, Europa e Ásia. A espécie tem forte dimorfismo sexual, tendo os machos uma cabeça de cor verde iridescente e asas e barriga cinzenta,enquanto que as fêmeas têem uma plumagem castanha salpicada. É o antecessor da maioria dos patos domesticados actuais.


pato real macho

Pato

Pato.jpg

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Sub-famílias de patos
Dendrocygninae
Anatinae
Merginae
Oxyurinae

O pato, no sentido amplo, Lato sensu, é uma ave que pertence a família Anatidae.
Em um sentido menos amplo, mas não Stricto sensu, é uma classe de tamanho definindo aves geralmente menores que os anserídeos (gansos e cisnes) e podem ser encontrados tanto em água doce como salgada. Os patos alimentam-se de vegetação aquática, moluscos e pequenos invertebrados e algumas espécies são aves migradoras.

Pode-se identificar os machos principalmente pela coloração diferente mais vistosa (visto que a grande maioria das espécies de patos tem dimorfismo sexual), e também por diferenças comportamentais. Algumas espécies de patos (quer selvagens, quer domesticadas ou criadas em cativeiro) são utilizadas pelo homem na alimentação, vestuário (as penas) e para entretenimento (caça).

O pato é um dos poucos animais da natureza que anda, nada e voa com razoável competência. É o único animal que consegue dormir com metade do cérebro e manter a outra em alerta. É dotado de perfeito senso de direção e comunidade1 2 .

Regionalismo: Parreco ou parrulo


Anas platyrhynchos domesticus
É descendente do pato-real e foi domesticado na China. As principais raças são o Pequim, Rouen e Corredor Indiano, mas existem muitas outras.

É o pato-selvagem do Brasil, domesticado pelos indígenas10 da América do Sul.5 Não existem raças realmente definidas, mas existe uma linhagem comercial branca, desenvolvida na França, com rápido crescimento, usada na produção de carne.


Diferenças entre pato-mudo e marreco


Patos (ou patos-mudos em Portugal) Marrecos (ou patos-marrecos em Portugal)
Os patos são originários da América do Sul e têm como nome científico Cairina moschata. Os marrecos são originários do Hemisfério Norte e têm como nome científico Anas platyrhynchos.
Os patos não emitem sons altos. O macho emite um som que se assemelha ao de um assopro, enquanto a fêmea emite um som semelhante a algo como [fi'fi].
Daí nasceu o termo "pato-mudo" para fazer a distinção.

O marreco emite um som semelhante a algo como [kʷɛkʷɛk], enquanto a marreca emite o típico [kʷẽkʷẽ] atribuído ao pato.
Pato em inglês é muscovy duck. Marreco em inglês é simplesmente duck.
O corpo dos patos é "achatado" e fica numa posição mais horizontal. O corpo dos marrecos é "cilíndrico" e assume uma posição mais empinada.
Os patos possuem carúnculas ("verrugas vermelhas") na cabeça e ao redor dos olhos — o macho mais que a fêmea — e seu bico é fino e comprido. Os marrecos possuem a cabeça lisa e o bico chato e largo.
A cauda dos patos é comprida e tem uma forma que se assemelha a de um leque. A cauda dos marrecos é bem pequenina e se assemelha a um "pom-pom". O macho ainda possui, na cauda, uma pena encaracolada, fazendo um "cachinho" para cima.
O tempo de incubação de um ovo de pata é de 5 semanas. O tempo de incubação de um ovo de marreca é de 4 semanas.

Criação

Marrecos (ou patos-marrecos) têm sido criados há milhares de anos, possivelmente a partir do sudeste da Ásia, e patos-mudos foram domesticados pelos indígenas na América do Sul, em data desconhecida, tendo sido encontrados já domesticados no descobrimento. Eles não são tão populares como a galinha, porque galinhas têm muito mais carne branca magra e são mais fáceis de manter confinadas, tornando o custo total muito menor para a carne de frango, ao passo que o pato é relativamente caro e aparece com menos frequência no mercado de alimentos e restaurantes na faixa de preço mais baixo. Os patos são criados para aproveitamento da carne e ovos em menos frequência. Podem ser mantidos ao ar livre, em gaiolas, em celeiros, ou em baterias. Para serem saudáveis, aos patos deve ser permitido o acesso à água, embora aos patos confinados seja muitas vezes negado isto. Eles devem ser alimentados com uma dieta de grãos e insetos. É um equívoco popular que os patos devam ser alimentados com pão, que tem valor nutritivo limitado e pode ser mortal quando administradas aos patinhos em desenvolvimento. Marrecos e, possivelmente, patos-mudos, devem ser monitorados para a gripe aviária, pois eles são especialmente propensos à infecção com o perigoso H5N1. As fêmeas de muitas raças de patos domésticos não são confiáveis na incubação de seus ovos e na criação de seus filhotes. Exceções notáveis incluem o marreco Rouen e especialmente o pato-mudo. Tem sido um costume em fazendas ao longo dos séculos colocar ovos de marreco em uma galinha choca para incubação; hoje incubadoras automáticas são usadas frequentemente. No entanto, patinhos jovens dependem da mãe para o fornecimento de óleo para torná-los à prova d'água, e uma galinha não produz tanto óleo como uma pata. Uma vez que o patinho cresce, as próprias penas produzirão óleo da glândula sebácea próxima à base da cauda.

Híbridos

Muitos híbridos são relatados, quer seja entre espécies do mesmo gênero ou de diferentes gêneros.

Mulard

São também criados híbridos entre pato-marreco (Anas platyrhynchos domesticus) e pato-mudo (Cairina moschata momelanotus), que na França são denominados Mulard e em inglês são denominados Mule Duck. Esta estirpe é principalmente usada para produção de carne e foie gras, isto é, o patê de figado de ganso atualmente é feito de figado desses híbridos.
Na maioria dos casos o macho é um pato-mudo branco e a fêmea uma marreca de Pequim, para, desta forma, se produzir uma ave maior, pois quando o macho é um marreco e a fêmea um pato-mudo o produto é de menor porte.

Outros híbridos derivados do gênero Cairina

Ocorrem também híbridos de Cairina moschata e Pato-de-crista. A forma doméstica (Cairina moschata momelanotus) parece ser de origem híbrida.

Híbridos dentro do gênero Anas

A raça Cayuga é descendente de cruzamentos de marrecos Rouen (Anas platyrhynchos domesticus) e marreco preto americano Anas rubripes.
A raça Australian Spotted descende de cruzamentos de Anas acuta com Anas platyrhynchos domesticus.
Ocorrem vários outros híbridos dentro do gênero Anas.

Panthera



Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Panthera
Oken, 1816
Espécie-tipo
Felis pardus
Linnaeus, 1758
Espécies
Panthera leo - Leão
Panthera onca - Onça-pintada
Panthera pardus - Leopardo
Panthera tigris - Tigre
Sinónimos
Jaguarius Severtzov, 1858
Leo Frisch, 1775
Leonina Greve, 1894
Leoninae Wagner, 1841
Pardotigris Kretzoi, 1929
Pardus Fitzinger, 1868
Tigrina Greve, 1894
Tigrinae Wagner, 1841
Tigris Gray, 1843
Tigris Frisch, 1775

Panthera é um género de felinos que inclui animais bem conhecidos como o leão, o tigre, a onça e o leopardo. O género distingue-se dos outros membros da sub-família Pantherinae pela capacidade de rugir graças a uma modificação no osso hioide.

A espécie mais antiga do género Panthera identificada até o momento é o jaguar europeu (Panthera gombaszoegensis), que viveu há cerca de 1.5 milhões de anos nas actuais Itália e Alemanha. A primeira espécie africana é a Panthera leo fossilis, uma espécie de leão com características de tigre, que habitou a África de Leste há 500 000 anos. Há 350 000 anos viveu na China a espécie Panthera youngi que é o antepassado directo do leão das cavernas. Esta espécie, característica da Europa e Ásia, migrou para a América do Norte, via estreito de Bering, há cerca de 35 000 anos e deu origem, por sua vez, ao leão americano, o maior felino de todos os tempos.

Popularmente são chamadas de panteras três tipos de felinos: a pantera africana ou leopardo, a pantera americana ou onça e a pantera negra que na verdade pertence à mesma espécie do leopardo. Leões e tigres também estão incluídos no género mas são raramente chamados de panteras. Porém animais como o Guepardo são erroneamente chamados de pantera.

Os híbridos entre espécies deste gênero, como o tigreão (cruzamento entre uma leoa e um tigre macho) e o ligre (cruzamento entre um leão macho e uma tigresa), também são pertencentes ao gênero Panthera.

Espécies e subspécies do gênero Panthera Oken, 1816[editar | editar código-fonte]
Panthera crassidens † - forma pré-histórica
Panthera gombaszoegensis † - Jaguar-europeu
Panthera leo - Leão
Panthera leo atrox † - Leão-americano
Panthera leo spelaea † - Leão-das-cavernas
Panthera leo fossilis †
Panthera leo vereshchagini † - Leão-da-Beríngia
Panthera leo persica - Leão-asiático
Panthera leo leo - Leão-do-atlas ou Leão-da-Barbária (extinto na Natureza)
Panthera leo senegalensis - Leão-da-África-Ocidental
Panthera leo azandica - Leão-do-noroeste-do-Congo
Panthera leo nubica - Leão-da-África-Oriental
Panthera leo bleyenberghi - Leão-de-Katanga
Panthera leo krugeri - Leão-do-Transvaal
Panthera leo melanochaitus † - Leão-do-cabo
Panthera leo europaea † - Leão-europeu (subspécie duvidosa, sendo incluida no P. l. persica ou P. l. spelaea depedendo do autor)
Panthera leo sinhaleyus † - Leão-do-Sri-Lanka (subspécie duvidosa, baseada em dois dentes coletados em 1939)
Panthera onca - Onça-pintada
Panthera onca arizonensis †
Panthera onca centralis
Panthera onca goldmani
Panthera onca hernandesii
Panthera onca onca
Panthera onca palustris † - algumas vezes incluida na paraguensis
Panthera onca paraguensis
Panthera onca peruviana
Panthera onca veracrucis
Panthera onca mesembrina †
Panthera onca augusta †
Panthera palaeosinensis † - forma pré-histórica
Panthera pardoides † - forma pré-histórica
Panthera pardus - Leopardo
Panthera pardus delacouri - Leopardo-da-Indochina
Panthera pardus fusca - Leopardo-indiano
Panthera pardus japonensis - Leopardo-do-norte-da-China
Panthera pardus kotiya - Leopardo-do-Sri-Lanka
Panthera pardus melas - Leopardo-de-Java
Panthera pardus orientalis - Leopardo-de-amur
Panthera pardus pardus - Leopardo-africano
Panthera pardus saxicolor - Leopardo-iraniano
Panthera pardus nimr - Leopardo-árabe (algumas vezes incluido no P. p. saxicolor)
Panthera pardus sickenbergi † - Leopardo-europeu
Panthera schaubi † - forma pré-histórica
Panthera schreuderi † - forma pré-histórica (provável sinônimo do Jaguar-europeu)
Panthera tigris - Tigre
Panthera tigris altaica - Tigre-siberiano
Panthera tigris tigris - Tigre-de-bengala
Panthera tigris virgata † - Tigre-do-cáspio
Panthera tigris amoyensis - Tigre-do-sul-da-china
Panthera tigris corbetti - Tigre-da-indochina
Panthera tigris jacksoni - Tigre-malaio
Panthera tigris sumatrae - Tigre-de-sumatra
Panthera tigris sondaica † - Tigre-de-java
Panthera tigris balica † - Tigre-de-bali

http://pt.wikipedia.org/wiki/Panthera

Panda-vermelho


Ailurus fulgens RoterPanda LesserPanda.jpg

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Subclasse: Placentalia
Superordem: Laurasiatheria
Ordem: Carnivora
Subordem: Caniformia
Superfamília: Musteloidea
Família: Ailuridae
Género: Ailurus
F. Cuvier, 1825
Espécie: A. fulgens
Nome binomial
Ailurus fulgens
F. Cuvier, 1825
Distribuição geográfica
Vermelho = Território do panda-vermelho
Vermelho = Território do panda-vermelho
Subespécies
A. fulgens fulgens
A. fulgens refulgens
Sinónimos
ochraceus Hodgson, 1847
styani Thomas, 1902

O panda-vermelho ou panda-pequeno, também conhecido como raposa-de-fogo ou gato-de-fogo (nome científico: Ailurus fulgens; do grego ailurus, gato; e do latim fulgens, brilhante), é um pequeno mamífero arborícola e a única espécie do gênero Ailurus. Pertence à família Ailuridae, mas já foi classificado nas famílias Procyonidae (guaxinim) e Ursidae (ursos).

O panda-vermelho é nativo das regiões montanhosas do Himalaia e do sul da China, e está associado às florestas temperadas de altitude e a bambuzais. Possui uma coloração castanho-avermelhada característica, cauda comprida e felpuda e um andar gingado devido ao encurtamento dos membros dianteiros. É um animal solitário, territorialista e de hábito crepuscular e noturno. Sua alimentação é principalmente composta por bambu; entretanto, por ser onívoro, pode ingerir ovos, pássaros, insetos e pequenos mamíferos.

Está em perigo de extinção, devido à destruição do habitat pela expansão humana, da agricultura, da pecuária e do extrativismo de recursos naturais. A caça ilegal também é outro importante fator que contribui para a diminuição da população de pandas. É um animal comum em zoológicos, principalmente da América do Norte e Europa, reproduzindo-se bem em cativeiro.


Nomes comuns

O termo panda foi aplicado por Thomas Hardwicke, quando o introduziu aos europeus em 1821. A origem do termo panda é desconhecida. Um dos poucos candidatos conhecidos para raiz da palavra panda é "pónya", possivelmente derivada de um termo da língua nepalesa para a protuberância arredondada da pata — talvez uma observação atenta de como este animal come bambu com um osso do pulso (sesamoide radial) adaptado para a função de polegar opositor e sexto dedo; outros autores acreditam que panda vem de "wah", termo nepalês para panda-vermelho, e originário do som semelhante a uma criança, que esta espécie às vezes produz.2

Na China é chamado de Pequeno Urso Gato, pois pensava-se ser aparentado a um urso pequeno e por realizar seu asseio como um gato. Em chinês: 小熊貓, "pequeno urso-gato", de 小, pinyin xiǎo, "pequeno", 熊, xióng, "urso"; e 猫, māo, "gato".

Outros nomes utilizados em diversas línguas são: Lesser Panda, Red Panda, Cloud Bear, Bright Panda, Common Panda, Fire Cat, Fire Fox, Red Fox, Fox Bear, Himalayan Raccoon, Red Cat-bear, Small Panda (inglês); Panda Éclatant, Petit Panda (francês); Panda Chico, Panda Rojo (espanhol); Kleiner Panda, Katzenbär (alemão); Nigalya Ponya, Poonya, Wah, Ye, Sankam, Thokya, Vetri (nepalês); Wokdonka (butanês); Hun-Ho, Pinyin (chinês); Wob, Thomtra marchung (tibetano).

Classificação

Frédéric Cuvier (1825) descreveu inicialmente o panda-vermelho como um parente próximo do guaxinim (Procyonidae), embora ele tenha dado o nome Ailurus baseado em suas semelhanças superficiais com os gatos domésticos. A classificação do panda-vermelho tem sido controversa desde sua descoberta, e já foi posicionado entre os Ursidae, Procyonidae, Ailuropodidae, ou então numa família própria, a Ailuridae. Essa incerteza surgiu da dificuldade em determinar se certas características do gênero Ailurus são filogeneticamente conservativas ou são derivadas e convergentes com espécies de hábitos ecológicos similares.

Diversas hipóteses filogenéticas, baseadas em análises moleculares e morfológicas, têm surgido ao longo dos anos, posicionando o panda-vermelho: (1) mais próximo a Procyonidae que a Ursidae; (2) mais relacionado a Ursidae do que com a Procyonidae; (3) intermédio entre a Ursidae e a Procyonidae; (4) aparentado ao panda-gigante mas de posicionamento incerto; (5) mais relacionado a Musteloidea; ou (6) representa uma linhagem monotípica dentro da Arctoidea, porém de posicionamento não resolvido.

Evidências baseadas no registro fóssil, sorologia, cariotipagem, comportamento, anatomia e reprodução refletem maior afinidade com a Procyonidae do que com a Ursidae. Entretanto, especializações ecológicas e alimentares e a distinta distribuição geográfica em relação aos modernos procionídeos apoiam a separação em uma família própria.4

Recentemente, Flynn e colaboradores, através de análises moleculares confirmaram o posicionamento do gênero Ailurus numa família distinta aos procionídeos e aos ursídeos, e determinaram a inclusão dessa família entre a superfamília Musteloidea (Ailuridae + Procyonidae + Mephitidae + Mustelidae).

Ele não é um urso, nem aparentado ao panda-gigante, não é um guaxinim, e nem uma linhagem de afinidades incertas. Em vez disso, ele é uma linhagem basal da Musteloidea, com uma longa história de independência de seus parentes próximos (Mephitidae, Procyonidae e Mustelidae). Esta longa separação dos outros musteloideos pode provar o reconhecimento da linhagem do panda-vermelho como uma entidade taxonômica de alto nível distinta (i.e Ailuridae), embora a elevação do táxon Ailuridae não pode ser, por si só, instrutiva da sua precisa posição filogenética aos outros musteloideos e arctoideos. Cquote2.svg
— Flynn, Nedbal, Dragoo e Honeycutt, 2000

Subespécies

Há atualmente duas subespécies de panda-vermelho: o panda-vermelho-ocidental (Ailurus fulgens fulgens F. Cuvier, 1825), encontrado nas regiões himalaias do Nepal, Assam, Sikkim e Butão, e o panda-vermelho-de-styans (Ailurus fulgens refulgens Milne-Edwards, 1874), encontrado no sul da China e no norte de Mianmar.5O panda-ocidental tem uma pelagem mais clara na face, enquanto os pandas-de-styans têm marcas faciais mais "dramáticas", outra característica de diferenciação entre as duas subespécie é o maior porte do styans em relação ao ocidental.

História evolutiva

Não são conhecidos fósseis congêneres do Ailurus fulgens. Entretanto, diversos fósseis de espécies relacionadas ao panda-vermelho tem sido descobertos na América do Norte, Europa e Ásia. Existem cerca de oito gêneros na família Ailuridae, entretanto, apenas o Ailurus é atual. Recentemente um fóssil, nomeado de Pristinailurus bristoli, descoberto do Mioceno da América do Norte, foi considerado o mais antigo e primitivo membro da família.9 10 Outros registros fósseis foram feitos no leste da China e no oeste da Grã-Bretanha.11

Distribuição geográfica e habitat[editar | editar código-fonte]


Panda dormindo em uma árvore
Os pandas-vermelhos são encontrados principalmente em florestas temperadas, entre 2 200 e 4 800 metros de altitude, nos Himalaias, principalmente na região dos contrafortes ocidentais no oeste do Nepal, sul do Tibete, Sikkim, Assam e Butão, e em montanhas do norte de Mianmar e do sul da China, nas províncias de Sichuan (Montanhas Hengduan) e Yunnan (Montanhas Gongshan). A existência de pandas-vermelhos no sudoeste do Tibete e no norte de Arunachal Pradesh é muito provável, mas ainda não foi documentada. Ele foi extinto nas províncias chinesas de Guizhou, Gansu, Shaanxi e Qinghai.

Sua presença nas montanhas do sul da China constitui um refúgio durante a última glaciação do Pleistoceno.4 Na China, o panda-vermelho e o panda-gigante são simpátricos nas montanhas de Qionglai, Minshan, Xiangling, e Liangshan na província de Sichuan.

A distribuição dos pandas é disjunta, tendo a garganta do Rio Bramaputra, que faz uma curva em torno da extremidade oriental do Himalaia, como uma divisão natural entre as duas subespécies, embora alguns autores sugiram que a variedade A. f. fulgens se estenda mais para o oriente, em Yunnan, na China.

Pandas-vermelhos habitam regiões de temperatura moderada (10-25 °C) com poucas mudanças anuais e preferem áreas montanhosas arborizadas, principalmente compostas por florestas coníferas e caducifólias, especialmente com árvores antigas de rododendro e, obviamente, com bambuzais.

Características físicas

Ficha técnica
Comprimento 510–635 mm
Cauda 280–485 mm
Peso 3–6 kg
Tamanho de ninhada 1-4
Gestação 114-145 dias
Desmame 125-135 dias
Maturidade sexual 18 meses (ambos os sexos)
Longevidade 17 anos (em cativeiro)

Os pandas-vermelhos apresentam um comprimento moderado, com uma cauda relativamente longa e felpuda, marcada com cerca de 12 anéis alternando círculos vermelhos e camurças, não sendo preênsil. A cabeça é arredondada, o focinho curto, e as orelhas grandes, eretas e pontiagudas. Apresenta uma grossa pelagem sobre o corpo. Na região ventral a pelagem é macia, lanosa e densa. A face é predominantemente branca com marcações lacrimais castanho-avermelhadas abaixo dos olhos. A pelagem do dorso também é castanho-avermelhada, enquanto que ventralmente é de um negro uniforme. Os membros são negros e as solas dos pés e mãos são cobertas com pelos densos de coloração branca. Não há dimorfismo sexual na coloração e no tamanho de machos e fêmeas. Os membros torácicos são arqueados para dentro, fazendo com que seu andar seja gingado. Seus pés são plantígrados. Também possui garras semi-retráteis e, como o panda-gigante, tem um "polegar falso" que é na verdade uma extensão do osso do pulso.

O panda-vermelho possui algumas características anatômicas próprias que caracterizam a espécie e, por conseguinte, o gênero Ailurus. O crânio é robusto com fraco desenvolvimento do arco zigomático, da crista sagital e do processo pós-orbital. O osso palatino se estende além do último molar, a fossa mesopterigoide é comprimida anteriormente, e a bula auditiva é pequena e expandida medialmente. O processo pós-glenoide é largo e curvado anteriormente, e o canal alisfenoide está presente. A mandíbula é robusta, mas relativamente curta em relação à altura dos ramos, e a sínfise mandibular é comprimida. O processo coronoide é fortemente enganchado posteriormente e os côndilos mandibulares são grandes. Possui uma dentição robusta em contraste com os procionídeos. A fórmula dentária é Superior: 3.1.1.2 / Inferior: 3.3.3-4.3, Total = 36-38. As fêmeas possuem quatro pares de mamas.

Comportamento

Os pandas-vermelhos são animais crepusculares (mais ativos ao amanhecer e ao entardecer) e noturnos, passando o dia dormindo nos ramos das árvores ou em tocas. Eles são sensíveis ao calor e sua temperatura ideal é entre 17°C e 25°C, e não toleram temperaturas acima de 25 °C. Como resultado, os pandas-vermelhos dormem durante as horas mais quentes do dia nas copas sombreadas das árvores, muitas vezes ficando esticados nos galhos bifurcados, ou então em tocas.

Os pandas-vermelhos são animais muito hábeis e acrobáticos, vivendo predominantemente nas árvores. Habitam áreas territoriais demarcadas e são frequentemente solitários, raramente vivendo em casais ou em grupos familiares. Procuram alimento à noite, correndo ao longo do solo ou pelas árvores com velocidade e agilidade e, depois de encontrar comida, usam as suas patas dianteiras para colocar o alimento em suas bocas. Os pandas-vermelhos bebem mergulhando a sua língua na água e lambendo-a. Seus principais predadores são leopardo-das-neves (Uncia uncia) e os humanos.

Os pandas-vermelhos começam sua atividade diária com um banho ritual de sua pelagem, lambendo as suas patas dianteiras e massageando as suas costas, abdômen e flancos, assim como, esfregam as suas costas e barriga ao longo de árvores ou rochas.4 Eles então patrulham o seu território, demarcando-o com uma substância secretada com um cheiro forte de sua glândula anal e com a sua urina.

Se um panda-vermelho se sentir ameaçado ou em perigo, embora normalmente silencioso, eles podem produzir uma série de gorjeios curtos. Quando aborrecidos, os pandas-vermelhos podem emitir assobios e uma série de bufos.15 Eles muitas vezes tentam correr para cima de uma coluna de rocha inacessível ou uma árvore. Se não puderem mais fugir, eles ficam em pé em suas patas traseiras, que os faz parecer mais altos para intimidar o agressor e lhes permitir a possibilidade de usar as garras semi-retráteis e afiadas nas suas patas dianteiras, que podem infligir feridas substanciais. Os pandas-vermelhos são amistosos, mas não indefesos, e atacam quando se sentem ameaçados.

Hábitos alimentares e dieta

O panda-vermelho, apesar de ter um sistema digestivo mais adequado a uma dieta carnívora, é um animal onívoro que se alimenta maioritariamente de bambu apesar de não poder digerir a celulose, portanto deve consumir uma grande quantidade de bambu para sobreviver. A sua dieta consiste de aproximadamente dois terços de bambu, e ele a suplementa com bagas, frutos, cogumelos, raizes, bolotas, líquens e gramíneas, além de se alimentarem ocasionalmente com filhotes de pássaros, ovos, pequenos roedores e insetos.16 Em cativeiro, também se alimentam de carne. Os pandas-vermelhos são excelentes escaladores e forrageiam basicamente em árvores.

Os brotos de bambu são mais facilmente digeridos do que as folhas e apresentam uma maior digestibilidade no verão e no outono, intermediária na primavera, e baixa no inverno. Essas variações tem relação com os conteúdos nutritivos do bambu. O panda-vermelho não digere completamente o bambu, especialmente a celulose e componentes da parede celular. Isto implica que a digestão microbiana desempenhe somente um pequeno papel em sua estratégia digestiva, semelhante ao panda-gigante. O trânsito do bambu pelo intestino do panda-vermelho é muito rápido (entre duas e quatro horas). Para sobreviver nesta dieta com baixo teor calórico, o panda tem de selecionar partes de alta qualidade, como folhas tenras e brotos. Eles ingerem uma grande quantidade de alimento (mais de 1,5 quilogramas de folhas frescas e 4 quilogramas de brotos frescos diariamente), a fim de maximizar a absorção de nutrientes, já que este passa pelo trato digestivo rapidamente.

Reprodução

Pandas-vermelhos adultos raramente se interagem fora da estação de acasalamento. Ambos os sexos podem se acasalar com mais de um parceiro durante a estação. O acasalamento ocorrem entre meados de janeiro até o começo de março (período do inverno), e os filhotes nascem entre junho e o final de julho (primavera e verão). O período de gestação varia de 112 a 158 dias, e a fêmea dá à luz entre um a quatro filhotes, que nascem cegos e pesando 110-130 gramas. Alguns dias antes do nascimento a fêmea começa a reunir material, como capim e folhas para usar na confecção do ninho. O ninho é normalmente localizado em uma árvore oca ou uma fenda de rocha.

Após o parto, a fêmea limpa os filhotes e deste modo estabelece um elo olfativo com cada filhote. Nos primeiros dias, ela permanece cerca de 60 a 90% do seu dia junto aos recém-nascidos. Após uma semana, ela já passa mais tempo fora do ninho, retornando apenas algumas horas por dia para alimentá-los e limpá-los. Os filhotes abrem os olhos com dezoito dias de idade, e com noventa dias já apresentam a coloração típica para a espécie, e ingerem os primeiros alimentos sólidos aos 125-135 dias. A ninhada permanece no ninho durante doze semanas. Depois deixam-no, mas permanecem com sua mãe, sendo desmamados aos 6-8 meses de idade.

Os machos só muito raramente ajudam com a criação da nova geração e somente se eles viverem em pares ou em pequenos grupos. Os pandas-vermelhos começam a ficar sexualmente maduros aos 18 meses de idade. O seu tempo de vida médio é 8-10 anos, mas podem atingir um máximo de 15 anos. Há um registro de um animal cativo na China que atingiu 17 anos e 6 meses de vida.

O panda-vermelho se reproduz bem em cativeiro. O Parque Zoológico Himalaio Padmaja Naidu em Darjeeling tem sido próspero na procriação de conservação de pandas-vermelhos.20 O Valley Zoo em Edmonton tem tido êxito no programa de reprodução e teve dois pares de pandas-vermelhos nascidos lá, um par em 2007 e outro em 2008.

Conservação

O panda-vermelho é classificado, pela IUCN como sendo vulnerável,1 e na CITES, aparece no "Appendix I". A população foi estimada em menos de 2 500 animais adultos em 1999,14 e entre 16 mil e 20 mil em 2001. As principais ameaças ao panda-vermelho são perda do habitat pela agricultura, pecuária e desmatamento, caça ilegal e mudanças na dinâmica das espécies nativas.1 A importância relativa destes diferentes fatores varia entre as diferentes regiões que o panda-vermelho é encontrado e não está muito bem compreendida.

O panda-vermelho é protegido em todos os países nos quais vive e sua caça é considerada ilegal. No sudoeste da China, o panda-vermelho é caçado pela sua pelagem e especialmente por sua cauda felpuda altamente valiosa, da qual são produzidos chapéus. Nessas áreas, a pele muitas vezes é usada para cerimônias culturais e em casamentos. Os "chapéus" são tidos como amuletos de boa sorte e usados pelos chineses recém-casados. Até recentemente, pandas-vermelhos eram capturados e vendidos a jardins zoológicos. Em um artigo presente no International Zoo News, Munro (1969) descreve que pessoalmente capturou 350 pandas em dezessete anos. Esse número diminuiu substancialmente nos últimos anos, devido às ações da CITES no combate ao tráfico internacional de animais selvagens. Entretanto, a caça clandestina continua e eles muitas vezes são vendidos a colecionadores particulares a preços exorbitantes. Em alguns lugares do Nepal e da Índia, o panda-vermelho é mantido como animal de estimação.

O desmatamento pode ter uma série de efeitos sobre o panda-vermelho: a perda da floresta para a agricultura pode inibir a dispersão e resultar na fragmentação da distribuição, assim como, reduz a qualidade do habitat pela remoção de árvores antigas que oferecem abrigo e diminuem a regeneração dos bambuzais. A competição por alimento com animais domésticos não é muito significativa, entretanto, o gado pode destruir os bambuzais pelo pisoteamento.

Nepal — tem uma das mais altas taxas de desmatamento da Ásia. Apresenta várias áreas protegidas (Parque Nacional Langtang, Reserva de Caça Dhorpan, Parque Nacional de Sagarmatha, Parque Nacional Makulu, Área de Conservação do Annapurna, e o Parque Nacional Rara), entretanto, algumas sofrem com a pressão humana;
Butão — provavelmente um dos mais intocados países da Ásia. Ainda mantém grandes áreas de floresta. Há duas áreas protegidas (Santuário da Vida Selvagem Jigme Dorji e a Floresta Nacional de Thrumung La), porém sem registros de pandas-vermelhos;
Índia (Sikkim, Arunachal Pradesh e Bengala Ocidental) — apresenta três áreas protegidas com a ocorrência de pandas-vermelhos(Parque Nacional de Khangchendzonga, Parque Nacional de Namdapha e o Parque Nacional de Singalila), além de uma coordenada política consevacionista;
Mianmar — tem uma alta taxa de desmatamento e não há nenhuma área protegida na região do Himalaia;
China — tem várias áreas protegidas com a ocorrência do panda (Parque Nacional Wolong, Reserva Tangjiahe, Reserva Nacional Medog e o Parque Wanglang).
O número de pandas também é variado, na China estima-se entre seis e sete mil indivíduos, na Índia, entre cinco a seis mil, e no Nepal, umas poucas centenas. Não há registros do Butão, nem de Mianmar.

Cativeiro

O panda-vermelho é relativamente comum em jardins zoológicos ao redor do mundo, em 1992 existiam mais de 300 animais distribuídos em 85 zoológicos,26 em 2006 eram 511 indíviduos da subespécies fulgens em 173 instituições,27 e 306 da refulgens (=styani) em 81 instituições. Ele se reproduz com relativo sucesso em cativeiro, desde que suas necessidades sejam atendidas. Há vários programas regionais de procriação em cativeiro (América do Norte, Europa, Austrália, Japão e China), que são coordenados num programa global sobre os cuidados da International Studbook e da International Red Panda Management Group. Na América do Norte existe uma população de 182 indivíduos (2001) que são mantidos e administrados pela Species Survival Plan (SSP).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Panda-vermelho

Panda-gigante - Ailuropoda melanoleuca

Panda-gigante no Ocean Park Hong Kong.


Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Género: Ailuropoda
Espécie: A. melanoleuca
Nome binomial
Ailuropoda melanoleuca
(David, 1869)

O  ou urso-panda (nome científico: Ailuropoda melanoleuca, do grego: ailuros, gato + poda, pés; e melano, preto + leukos, branco) é um mamífero carnívoro da família Ursidae endêmico da República Popular da China. O focinho curto lembrando um urso de pelúcia, a pelagem preta e branca característica e o jeito pacífico e bonachão o tornam um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando extremamente irritado.


Nomenclatura e taxonomia

O urso panda foi descrito pelo missionário francês Armand David em 1869 como Ursus melanoleucus. No ano seguinte, Alphonse Milne-Edwards ao examinar o material enviado por David, notou que os caracteres osteológicos e dentários o distinguia dos ursos e o aproximava ao panda-vermelho e aos procionídeos, descrevendo então um novo gênero para a espécie, e recombinando-a para Ailuropoda melanoleuca. No mesmo ano, Paul Gervais concluiu com base num estudo das estruturas intracranianas que o panda era relacionado com os ursos, criando um novo gênero, o Pandarctos. Em 1871, Milne-Edwards acreditando que o gênero Ailuropoda estava pré-ocupado pelo Aeluropoda de Gray, publicado em 1869, propõe o nome Ailuropus. William Henry Flower e Richard Lydekker em 1891 emendam o novo nome de Milne-Edwards para Aeluropus, resultando em uma considerável confusão na literatura subsequente.

A classificação do panda-gigante têm sido objeto de grande controvérsia por muitos anos, principalmente pelas características compartilhadas com o panda-vermelho, como semelhanças nas estruturas craniais, dentárias, viscerais e da genitália externa, assim como a presença do osso sesamoide opositor na mão (falso-dedo). Inicialmente tratado como urso, e posteriormente relacionado com o panda-vermelho e os procionídeos, a espécie sofreu reposicionamento taxonômico diversas vezes no decorrer dos anos. Em 1885, George Jackson Mivart revisou os carnívoros artóideos posicionado tanto o Ailurus como o Ailuropoda na família Procyonidae.Flower e Lydekker 1891, dividiram os gêneros, deixando o Ailurus na Procyonidae e movendo o Ailuropoda para a Ursidae. Em 1895, Herluf Winge relacionou o panda a um gênero extinto, o Agriotherium. Em 1901, Ray Lankester e Richard Lydekker reafirmam o posicionamendo de ambos os gêneros entre os procionídeos, separando-os na subfamília Ailurinae. Reginald Innes Pocock em 1921 revisou a Procyonidae, separando os dois gêneros em famílias distintas, Ailuridae e Ailuropodidae. William Gregory, em 1936, ao examinar características craniais e dentárias dos dois pandas e de outros gêneros extintos, retorna os dois gêneros a família Procyonidae. George Gaylord Simpson em sua classificação dos mamíferos de 1945 mantém o posicionamento defendido por Mivart e demais autores que colocam os dois gêneros de pandas entre os procionídeos.

Em 1956, Leone e Wiens analisando proteínas sorológicas concluem que o panda-gigante é um ursídeo. Em 1964, Davis mantém o Ailuropoda entre os ursos, baseado na morfologia geral das espécies. Numa revisão de 1978, a espécie é posicionada na tribo Ailuropodini pertencente a subfamília Agriotheriinae. Erich Thenius, em 1979, ressuscita a família Ailuropodidae para o gênero Ailuropoda. Em 1985, a subfamília Ailuropodinae é arranjada dentro da Ursidae. No mesmo ano, outro autor, volta a relacionar os dois pandas, indicando que os gêneros podem ser arranjados em famílias distintas mas muito próximas ou então na mesma família, a Ailuridae. Em 1993, a segunda edição do Mammals Species of the World posiciona os dois gêneros na subfamília Ailurinae dentro da Ursidae. Mas em 2005, na terceira edição, desfaz o arranjo, elevando o Ailurus a família Ailuridae, e voltando o Ailuropoda a família Ursidae, mas sem reconhecer nenhuma subfamília. Outros autores, entretanto, classificam o gênero na tribo Ailuropodini da subfamília Ursinae, ou então na subfamília Ailuropodinae.

Subespécies

Duas subespécies são reconhecidas com base em medidas craniais distintas, padrões de coloração e genética populacional:

Ailuropoda melanoleuca melanoleuca (David, 1869) - ocorre em Sichuan e Gansu, e apresenta o típico contraste preto e branco na coloração.
Ailuropoda melanoleuca qinlingensis Wan, Wu & Fang, 2005 - restrita nas Montanhas Qinling, em Shaanxi, em elevações de 1 300 – 3 000 metros de altitude; apresenta uma coloração contrastante entre marrom escuro e marrom claro; o crânio é menor que na subespécie nominal, e os molares são maiores.
Distribuição geográfica e habitat[editar | editar código-fonte]
O panda-gigante está confinado ao centro-sul da China. Sua distribuição atual consiste em seis áreas montanhosas isoladas (Minshan, Qinling, Qionglai, Liangshan, Daxiangling, e Xiaoxiangling), nas províncias de Gansu, Shaanxi e Sichuan. O território total que a espécie ocupa é de aproximadamente 30 000 km² entre 102-108,3°E (longitude) e 28,2-34,1°N (latitude),1 entretanto, somente 20% dessa área (5 900 km²) constitui habitat para o panda.25

A espécie originalmente ocorreu em mais regiões ao leste e ao sul da China, com registros fósseis indicando sua presença até o norte de Mianmar e norte do Vietnã, ao sul, e até as proximidades de Pequim, ao norte. Até 1850, o panda era encontrado no leste de Sichuan e nas províncias de Hubei e Hunan. Em 1900, foi restrito as Montanhas Qinling e outras áreas montanhosas no limite do platô tibetano. A rápida expansão da agricultura nos principais vales contribuíram para a fragmentação

Os pandas habitam as florestas temperadas montanhosas com densos bambuzais, principalmente do gênero Sinarundinaria, entre altitudes de 1 200 a 4 100 metros de altitude. A distribuição sobrepõe-se em muito a do urso-negro-asiático (Ursus thibetanus), entretanto, eles não competem entre si, pois as necessidades ecológicas das espécies são diferentes.

Características

Ficha técnica26
Altura 65 - 70 cm
Comprimento 120 - 150 cm
Cauda ~13 cm
Peso 75 - 160 kg
Tamanho de ninhada 1 - 2
Gestação 97 - 163 dias
Desmame 8 - 9 meses
Maturidade sexual 5,5 - 6,5 anos (machos)
Longevidade 34 anos (em cativeiro)

O panda-gigante é um mamífero que come bambu (folhas) de cor preto e branco. A pelagem é grossa e lanosa para suportar as baixas temperaturas no ambiente subalpino em que vive. As manchas oculares, membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são negras; alguma vezes com um tom amarronzado. O restante do corpo é branco, mas pode se tornar "encardido" com a idade. A população da região de Qingling apresenta a pelagem em dois tons contrastantes de marrom.

O crânio e a mandíbula são robustos, a crista sagital é bem desenvolvida, e os arcos zigomáticos são expandidos lateralmente e dorsoventralmente, assim como nos demais carnívoros arctóideos. Difere dos outros ursídeos, por apresentar a fissura orbitária confluente com o forame redondo, os processos pós-orbitais são reduzidos, e o canal alisfenóide é ausente. Apresenta o forame intepicondilar, uma características primitiva, somente compartilhada com o Tremarctos ornatus.

Dieta e hábitos alimentares


Hua Mei, filhote de panda gigante nascido no zoológico de San Diego em 2000.
Apesar de pertencer à ordem dos Carnívoros e ter um sistema digestivo e genético de carnívoro, o panda possui hábitos herbívoros, alimentando-se quase que exclusivamente das folhas de bambus. O panda gigante consome, em média, de 9 a 14kg de bambu por dia 27 , mas devido à pouca absorção de nutrientes, característica de seu sistema digestivo ineficiente, ele precisa passar a maior parte do dia comendo e se exercitando pouco. Pandas podem se alimentar de 25 diferentes espécies de bambus, mas a devastação das florestas limitou-os a pouca variedade em lugares mais íngremes, elevados e isolados da Ásia central. As folhas de bambus são ricas em proteínas e os brotos também possuem boa quantidade. Apesar de manterem as presas, garras, capacidade digestiva e força para caçar pequenos mamíferos, aves, peixes e ovos, pandas raramente o fazem. Sua digestão de celulose depende de sua flora intestinal, sendo sua genética desfavorável. 

Ainda que o bambu seja rico em água (40% de seu peso, chegando a 90% no caso de brotos), o panda bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.

Em cativeiro sua dieta consiste em bambu, cana-de-açúcar, mingau de arroz, biscoito especial rico em fibras, cenoura, maçã e batata-doce.

Comportamento e ecologia

Os pandas gigantes são geralmente solitários. Cada adulto tem um território definido e as fêmeas não são tolerantes com outras fêmeas em seu território.32 Pandas se comunicam através de vocalização e marcam território aranhando árvores e urinando nas suas fronteiras. 33 O panda gigante é capaz de escalar e usar como refúgio árvores ocas ou fendas de rochas, mas não estabelece tocas permanentes. Por esta razão, os pandas não hibernam, o que é semelhante ao hábito de outros mamíferos subtropicais da região, que preferem se deslocar para regiões e altitudes com temperaturas mais quentes.34 Pandas utilizam mais da memória espacial do que da memória visual. 

Reprodução


A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois filhotes. Devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe opta por criar um único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um ano de idade, mas o panda já é capaz de ingerir o bambu em pequenas quantidades desde os seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou mais.

Somente 10% dos pandas em cativeiro conseguem cruzar naturalmente. Apenas 30% das fêmeas engravidam. Mais de 60% dos pandas cativos não demonstram qualquer desejo sexual.

A expectativa de vida de um panda é de 13 anos. Em 2005, Basi, uma ursa panda chinesa, comemorou 25 anos de idade, que se comparam a 100 anos humanos. No mesmo ano, o panda criado em cativeiro mais velho do mundo, uma fêmea chamada Meimei, morreu aos 36, equivalentes a 108 anos humanos, no jardim zoológico da cidade de Guilin.

Conservação

A baixa taxa de natalidade, a alta taxa de mortalidade infantil e a destruição de seu ambiente natural colocam o panda sob ameaça de extinção. A caça não representa problemas devido às rígidas leis chinesas. Em 1995, um fazendeiro foi sentenciado a prisão perpétua por ter atirado em um panda. No ano seguinte, dois homens foram condenados a morte após serem presos portando peles de panda e macaco-dourado. A partir de 1997 passou-se a punir os infratores com uma pena de 20 anos de prisão.

Armadilhas para cervos-almiscarados e ursos-pretos muitas vezes acabam ferindo pandas.

O número de pandas selvagens na China está estimado em 1.596. Em 2000 contavam-se 1.114 exemplares, espalhados por territórios que têm uma superfície total de 23.000 km² nas províncias de Sichuan, Gansu e Shaanxi. Estudos em 2006, baseados em exame de DNA coletado em fezes, indicam que possam haver pelo menos 3.000 animais em liberdade. Existem 183 pandas-gigantes em cativeiro na China, 100 dos quais, estão em um centro especializado em Sichuan. Outros 20 espécimes se encontram distribuídos pelos principais zoológicos do mundo.

Baby boom

O ano de 2005 foi considerado um grande ano para os projetos em criação da espécie em cativeiro. 25 filhotes nascidos em zoológicos e centros de reprodução sobreviveram. Em 2004, foram 9 os filhotes sobreviventes.

Etimologia

Da xiong mao (大熊猫), o nome em chinês para o panda, significa grande urso-gato. Pode ser chamado também de huaxiong (urso de faixa), maoxiong (urso felino) ou xiongmao (gato ursino). Registros históricos de 3000 anos ("O Livro de História e o Livro de Canções", a coleção mais antiga da poesia chinesa), o mencionam sob o nome de pi e pixiu. A palavra panda significa algo parecido com "comedor de bambu".